
A região do contestado, a partir de Porto União, resgata parte de sua gloriosa história e de seu desenvolvimento econômico, social e cultural por meio da ferrovia.
– Depois de um longo período de restauração e revitalização, volta aos trilhos a velha Locomotiva 310, com a missão de conduzir os novos carros (vagões), remodelados e adaptados para dar mais conforto e segurança para os passageiros que embarcarem na volta ao passado com o Trem das Etnias.


– A primeira viagem oficial, ocorreu na manhã do sábado, 5 de abril de 2025, no trajeto que tem início no Instituto Cultural Grünenwald, voltando até à Estação União, que une as cidades gêmeas do Iguaçu, Porto União-SC e União da Vitória-PR.

– No local, os visitantes foram convidados a conhecer as plataformas da Estação, de ambos os lados, passando pelo túnel que une as duas cidades.
– A seguir, foi iniciada oficialmente a viagem entre Porto União e a Estação Engenheiro Mello, onde o prédio é preservado e conservado, bem como duas residências dos antigos chefes da estação, também preservadas e habitadas.

– Em amplo terreno arborizado, os turistas podem desfrutar de uma uma área de lazer, com bancos para descanso, além de um “play ground” para diversão das crianças que viajam com seus pais.
– No local, os moradores servem um saboroso café com leite, bolos, cucas e pastéis fritos na hora, água gelada e refrigerantes.

A bordo do carro 2 (vagão) do Trem das Etnias, o casal Ernani Gomy Benghi e Elizabeth Abagge Benghi (from Curitiba-PR), que já passou pela experiência de viajar com três turístico com locomotiva Maria Fumaça, em 1985, entre Curitiba e Lapa, e na região histórica do Estado de Minas Gerais, no trajeto entre São João Del Rei a Tiradentes.
– Ernani é da tradicional família Benghi, imigrantes italianos, que chegaram ao Brasil em 1897, e a Porto União no ano de 1899. – Na foto, à esquerda, advogado, Eugênio Covalchuk Primo, velho amigo de Ernani e Elizabeth

– Após de um descanso de uma hora, aproximadamente, o Trem das Etnias fez a viagem de retorno ao ponto final do trajeto, com parada para almoço de comida típica alemã, servido no Instituto Cultural Grünenwald. (foto abaixo)


– Hélio Weber (à direita na foto), um dos 33 empresários que resgataram a Maria Fumaça 310, disse que valeu a pena o esforço e o empenho de seus parceiros, que, durante três anos acompanharam passo a passo a restauração da locomotiva. -“Graças a Deus, a população de ambas as cidades e dos municípios vizinhos, entendeu a importância desse resgate histórico e cultural vivenciado por essa ferrovia ao longo de muitas décadas. – Nosso sonho foi realizado e o projeto que já atendeu as nossas expectativas, será aprimorado e ampliado cada vez mais, à medida do possível”, afirmou Weber.



Hélio Weber conta um pouco de como a iniciativa privada abraçou o projeto Trem das Etnias, na entrevista à jornalista e apresentadora Kelley Vieira Abrósio (foto), do Canal Giro Brasil


Posando em frente à Maria Fumaça 310, o maquinista da composição, Roberto Hermann, 70 anos, e o mecânico-maquinista, Alvir Wolanik, 68 anos, ambos aposentados da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande, e que trabalharam na reforma e revitalização da locomotiva. – Na entrevista ao site www.luciocolombo.com.br – Alvir Wolanik, disse que, “na reforma da máquina não existiam peças de reposição, tivemos que fabricar todas elas, uma a uma. Foram quase três anos de muito trabalho, mas foi gratificante. Muitos saudosistas chegaram chorar quando viram a máquina nova, linda e andando”, contou o mecânico


(Reportagem: – Lúcio Colombo — Fotos: – Lúcio Colombo e Sandra Tokarski)
