
A menos de dois anos de completar seu centenário, o Casarão Domit, localizado na cidade de Irineópolis, região do Planalto Norte de Santa Catarina, está prestes a se tornar cenário de uma produção cinematográfica de longa mentragem.

– O engenheiro, Roberto Domit de Oliveira, curador do do Casarão e Museu Joaquim Domit, recebeu no final do mês de janeiro de 2025, a vista de uma equipe de profissionais da empresa cinematográfica, Novelo Filmes, de Florianópolis, que está produzindo um filme de Longa Metragem, que receberá o título de “Casarão”.
– O grupo, esteve no Casarão Domit para conhecer de perto a edificação construída em 1929 e seu acervo original preservado. Após uma avaliação prévia da edificação, de seus compartimentos o mobiliário, os cineastas aprovaram o casarão como loca adequado para as filmagens que deverão começar ainda este ano.
– De acordo com Ana Paula Mendes, sócia da Novelo Filmes e executiva do filme Casarão, as filmagens envolverão cerca de 70 pessoas, além da logística de apoio e grande quantidade de equipamentos da estrutura para a produção cinematográfica, necessários para as tomadas de cena.
– A principio uma das preocupações da Novelo Filmes, era conseguir alojamentos suficientes para a hospedagem da equipe. – Mas, com a ajuda de Roberto Domit, além de Irineópolis, Ana Paula esteve em Canoinhas e Porto União, onde conseguiu uma parceria com o setor hoteleiro para hospedagem da equipe técnica, direção e atores. – Nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, uma segunda equipe técnica da Novelo Filmes estará em Irineópolis para acertar os detalhes sobre o roteiro, locações e as datas que ocorrerão as filmagens

Registro da visita da equipe, em frente a um dos cenários do filme Casarão: – a partir da esquerda, Roberto Domit, Ana Paula Mendes, Josi Silva, coordenadora de Arte; Camila Silva, produtora de Objetos; Tatiane Tanaka, diretora de Produção; Paulo Silva, Platô. Não estão na imagem, Cintia Domit Bittar, diretora, roteirista e sócia da Novelo, Maria Augusta V. Nunes, sócia e co-roteirista do filme e Fernanda de Capua, co-roteirista.

Escritório com móveis originais da década de 1920, que pertenceu ao Cel. Joaquim Domit, fundador do Casarão, que permanece preservado. Este ambiente será um dos cômodos da casa, onde serão filmadas cenas do “CASARÃO”


Jornalistas da Abrajet Nacional (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e Cultura), estiveram em Irineópolis, em abril de 2023, com o objetivo de fazer uma visita histórico-cultural, e especialmetne para produzir um documentário sobre o casarão. Os jornalistas ficaram surpresos e maravilhados ao se depararem com a beleza da arquitetura da construção, e com a luxuosa mobília e artigos de época, que por muitos anos foram utilizados por Joaquim e Sofia Domit, seus familiares e visitantes que frequentavam a propriedade.

Turismo Histórico e Cultural: – Presidente do Conselho Estadual de Cultura visita o Casarão Domit em Irineópolis

A dois anos de completar seu centenário, o Casarão Domit, em Irineópolis, continua recebendo a visita de centenas de estudantes, professores, historiadores, escritores, jornalistas, e de grupos da terceira idade de Irineópolis e oriundos de varias regiões de Santa Catarina e de outros estados.
– No domingo, 12 de janeiro de 2025, foi a vez do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Luiz Nilton Corrêa que já conhecia a história do Casarão Domit, mas ainda não pessoalmente. (à esquerda na foto)

– No livro de registro das visitas ilustres, Luiz Nilton (foto), escreveu esse depoimento: – “Na minha visita ao Casarão Domit, encontrei um valioso testemunho da história de Santa Catarina, preservado e mantido de forma exemplar, mostrando a importância histórica e o papel político que esse local teve ao longo de décadas… Hospedou governadores e até um presidente da república, garantiu as divisas e a geografia do Estado, e ainda hoje se preserva pelo carinho e prestígio dos seus descendentes. – Estou surpreso e admirado com tudo o que encontrei aqui”, concluiu.

A foto mostra o quarto mobiliado com móveis quase centenários, que foi usado pelo casal, Joaquim e Sofia Domit, proprietários fundadores do Casarão; na sala o rádio American Bosh, e a Capelinha do Casarão, local de devoção de Dna. Sofia e membros da família
– Na visita guiada pelo proprietário do local, Roberto Domit, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, conheceu todos os cômodos da casa, e a história de todo o mobiliário e objetos valiosos deixados pelos proprietários, Cel. Joaquim Domit e sua esposa Sofia Domit.

– Na entrevista ao jornalista, Lúcio Colombo, para o Jornal impresso, Diário do Planalto e ao site www.lúcio.colombo.com.br (foto), a respeito do apoio oficial em projetos de revitalização e manutenção do museu, Luiz Nilton lembrou que, “esse patrimônio histórico e cultural, por sí so, já configura-se numa atração turística consolidada na região e no Estado,
– “E, principalmente por ser um edifício tombado pela Fundação Catarinense de Cultura em 1998, reconhecido pelo município, e, mais recentemente pelo IPHAN, além do seu acervo riquíssimo, que não se encontra em museu algum, e nem na capital de Santa Catarina.
– Por isso, acho que os recursos para a revitalização do acervo que possui peças importadas da Europa e dos Estados Unidos, há mais de 90 anos, deveriam vir das entidades públicas”
– “A pedido do Roberto Domit, minha visita está inserida também no contexto de sugerir projetos culturais por meio de apoio financeiro por meio de editais estaduais, federais e de entidades ligadas à cultura e a arte, para que o casarão possa oferecer oficinas de arte, música, literatura, desenho e de fotografia, artesanato, produção de material gráfico, inventário e catalogação de acervo (ficha técnica preenchida por profissionais da área de museologia), entre outros.
– Luiz Nilton Corrêa, que também é membro Honorário da Associação de Catarinense de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais, sugeriu ao curador do casarão, que inscreva o patrimônio histórico e cultural no Edital Elizabeth Anderle, que tem disponíveis R$ 8 milhões com aplicação específica para projetos do gênero em todo o Estado, e no Programa de Incentivo à Cultura mantido pelo Governo do Estado de Santa Catarina, que destina recursos a projetos culturais com dedução no ICMS das empresas.

Flagrante do momento em que Roberto Domit ensinava a Luiz Nilton, as regras da “carambola”, um jogo de bilhar, que utiliza apenas três bolas feitas em Marfim (presas de elefante), em mesa profissional sem caçapas
Com todas as peças do acervo catalogadas, o valor histórico de cada uma, e o próprio casarão, a principal peça que poderá se tornar um museu histórico e cultural. – “Isso transformaria o Casarão Domit num Polo Cultural para a região e para todos os estados vizinhos, tanto de Santa Catarina como do Paraná, por exemplo”, ressaltou o dirigente.
– Ele lembrou também, que para que essas oficinas sejam realizadas, é necessário organizar um cronograma que facilite o apoio logístico da administração municipal aos alunos, como o transporte e contemplando a mobilidade dos frequentadores da cidade e do interior, sugeriu.

Engenheiro Roberto Domit de Oliveira, neto do Cel. Joaquim Domint, fundador do Casarão Domit, em frente à edificação que será palco das cenas do filme de Longa Metragem, com o título “Casarão”

Reportagens: Lúcio Colombo
Fotos: Carlos Alves, Maeythê Novak e Lúcio Colombo