A dois anos de completar seu centenário, o Casarão Domit, em Irineópolis, continua recebendo a visita de centenas de estudantes, professores, historiadores, escritores, jornalistas, e de grupos da terceira idade de Irineópolis e oriundos de varias regiões de Santa Catarina e de outros estados.
– No domingo, 12 de janeiro de 2025, foi a vez do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Luiz Nilton Corrêa que já conhecia a história do Casarão Domit, mas ainda não pessoalmente. (à esquerda na foto)
– No livro de registro das visitas ilustres, Luiz Nilton (foto), escreveu esse depoimento: – “Na minha visita ao Casarão Domit, encontrei um valioso testemunho da história de Santa Catarina, preservado e mantido de forma exemplar, mostrando a importância histórica e o papel político que esse local teve ao longo de décadas… Hospedou governadores e até um presidente da república, garantiu as divisas e a geografia do Estado, e ainda hoje se preserva pelo carinho e prestígio dos seus descendentes. – Estou surpreso e admirado com tudo o que encontrei aqui”, concluiu.
A foto mostra o quarto mobiliado com móveis quase centenários, que foi usado pelo casal, Joaquim e Sofia Domit, proprietários fundadores do Casarão; na sala o rádio American Bosh, e a Capelinha do Casarão, local de devoção de Dna. Sofia e membros da família
– Na visita guiada pelo proprietário do local, Roberto Domit, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, conheceu todos os cômodos da casa, e a história de todo o mobiliário e objetos valiosos deixados pelos proprietários, Cel. Joaquim Domit e sua esposa Sofia Domit.
– Na entrevista ao jornalista, Lúcio Colombo, para o Jornal impresso, Diário do Planalto e ao site www.lúcio.colombo.com.br (foto), a respeito do apoio oficial em projetos de revitalização e manutenção do museu, Luiz Nilton lembrou que, “esse patrimônio histórico e cultural, por sí so, já configura-se numa atração turística consolidada na região e no Estado,
– “E, principalmente por ser um edifício tombado pela Fundação Catarinense de Cultura em 1998, reconhecido pelo município, e, mais recentemente pelo IPHAN, além do seu acervo riquíssimo, que não se encontra em museu algum, e nem na capital de Santa Catarina.
– Por isso, acho que os recursos para a revitalização do acervo que possui peças importadas da Europa e dos Estados Unidos, há mais de 90 anos, deveriam vir das entidades públicas”
– “A pedido do Roberto Domit, minha visita está inserida também no contexto de sugerir projetos culturais por meio de apoio financeiro por meio de editais estaduais, federais e de entidades ligadas à cultura e a arte, para que o casarão possa oferecer oficinas de arte, música, literatura, desenho e de fotografia, artesanato, produção de material gráfico, inventário e catalogação de acervo (ficha técnica preenchida por profissionais da área de museologia), entre outros.
– Luiz Nilton Corrêa, que também é membro Honorário da Associação de Catarinense de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais, sugeriu ao curador do casarão, que inscreva o patrimônio histórico e cultural no Edital Elizabeth Anderle, que tem disponíveis R$ 8 milhões com aplicação específica para projetos do gênero em todo o Estado, e no Programa de Incentivo à Cultura mantido pelo Governo do Estado de Santa Catarina, que destina recursos a projetos culturais com dedução no ICMS das empresas.
Flagrante do momento em que Roberto Domit ensinava a Luiz Nilton, as regras da “carambola”, um jogo de bilhar, que utiliza apenas três bolas feitas em Marfim (presas de elefante), em mesa profissional sem caçapas
Com todas as peças do acervo catalogadas, o valor histórico de cada uma, e o próprio casarão, a principal peça que poderá se tornar um museu histórico e cultural. – “Isso transformaria o Casarão Domit num Polo Cultural para a região e para todos os estados vizinhos, tanto de Santa Catarina como do Paraná, por exemplo”, ressaltou o dirigente.
– Ele lembrou também, que para que essas oficinas sejam realizadas, é necessário organizar um cronograma que facilite o apoio logístico da administração municipal aos alunos, como o transporte e contemplando a mobilidade dos frequentadores da cidade e do interior, sugeriu.
Quem é Luiz Nilton Corrêa
Do extenso currículo de Luiz Milton Corrêa, destaco um resumo com algumas de suas graduações e atividades profissionais ao longo de sua carreira:
–Antropólogo e Historiador, Graduação em Museologia, 2019 – 2023, Centro Universitário Leonardo da Vinci – Graduação em História, 2001 – 2005. – Universidade dos Açores Título: (Reconhecimento pela UFRGS);Doutor em Antropologia pela Universidade de Salamanca (Espanha) com diploma de Estudos Avançados em Antropologia na mesma universidade.
– Licenciatura em História e Mestrado em História Insular e Atlântica pela Universidade dos Açores (Portugal), especialização em Patrimônio, Museologia e Desenvolvimento pela mesma Universidade e bacharelado em Museologia pela Uniasselvi. Coordenador do programa de Pós-Doutorado do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.
– Foi membro do Conselho Estadual de Cultura (2015-2017), membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e Honorário da Associação de Catarinense de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais.
Texto, Fotos e Edição: www.luciocolombo.com.br