REGISTRO: – ENCATHO & EXPROTEL SUPERA TODAS AS EXPECTATIVAS, E ENCERRA EM CLIMA DE FESTA 

Para a diretora-presidente da ABIH-SC, Margot Rosenbrock, o Encatho & Exprotel é mais do que um evento. “É um espaço vivo, onde o conhecimento circula, os negócios acontecem e as relações se fortalecem. Ver esse ecossistema unido é a certeza de que estamos no caminho certo, contribuindo de forma concreta para o desenvolvimento do turismo e da hotelaria de Santa Catarina e do Brasil”.

“O balanço final reforça que a hospitalidade catarinense segue sendo referência, e o convite está feito: que venham os próximos encontros e conexões. Nos vemos em 2026!”, finaliza Margot.

Confira tudo que aconteceu na quinta-feira, dia 31 de Julho, último dia evento

Durante o encerramento do Encatho & Exprotel 2025, a presidente da ABIH-SC, Margot Rosenbrock Libório, fez um reconhecimento especial à atuação de Josiane Castilhos e Juliana Bossi Castro, destacando o profissionalismo, a competência e a dedicação das duas colaboradoras que integram a equipe da entidade.

Durante toda a manhã, na sala Campeche do CentroSul, foram apresentados dados da FACISC sobre os 61 núcleos, que reúnem 776 empresas em segmentos como hotelaria, gastronomia, economia criativa e artesanato. A maior concentração está em restaurantes e similares, seguida por feiras e eventos, além de comércio e serviços de apoio.

“Santa Catarina tem uma capilaridade única para o turismo de experiência, mas ainda precisamos criar elos mais fortes entre os destinos. O associativismo é o caminho para transformar esse potencial em força coletiva”, destacou Allan Kreutz, diretor do Programa Empreender da FACISC.

O encontro trouxe cases empresariais inspiradores que mostram a força do empreendedorismo no setor. Ivan Blumenschein, da Nugali Chocolates, localizado na Rota do Enxaimel, em Pomerode, resgatou o histórico do empreendimento que alia sustentabilidade na fabricação do chocolate com as atrações turísticas do município, como as construções enxaimel. “Projetos coletivos ajudam a valorizar as marcas e a atrair turistas que buscam vivências autênticas em Santa Catarina”, afirmou Ivan. 

Já Messias Fernandes, da Morada dos Canyons, empreendimento turístico localizado em Praia Grande (SC), divisa com o Rio Grande do Sul, na região dos Aparados da Serra, conhecida por seus cânions imponentes, lembrou que “hospitalidade e sustentabilidade caminham juntas e a integração entre empresas fortalece todo o trade”.

  • Na programação, o Movimento TradeTur SC, uma iniciativa da Fecomércio SC e do Programa Empreender, que visa fortalecer a rede de colaboração entre os atores do turismo catarinense, apresentou a sua articulação estadual que conecta núcleos para gerar negócios e fortalecer o turismo regional. O movimento busca aprimorar o planejamento, execução e acompanhamento de ações estratégicas no setor turístico, estimulando a melhoria contínua, o desenvolvimento de infraestrutura, a conscientização sobre a importância do turismo e a qualificação profissional. Os objetivos do Movimento TradeTur SC são fortalecer a rede de colaboração, unindo diferentes instâncias de governança e atores do turismo, desenvolver mecanismos de planejamento e execução, adotando estratégias e ações priorizadas pelos próprios atores do setor, estimular a melhoria contínua, apoiando iniciativas que visam aprimorar a qualidade dos serviços e produtos turísticos. Também promover a conscientização, fortalecer a capacitação:
    Incentivando a qualificação profissional e a busca por novas oportunidades de negócios, interagir com a administração pública, integrar a educação, construindo conteúdos transversais sobre turismo para aplicação na educação. 

Para Aline Miranda, gestora estadual de Turismo no Sebrae/SC, “o turismo nunca caminha sozinho, ele nasce nos núcleos e cresce com união e cooperação”. Já Aline Nandi, do IDEL, reforçou o papel do Desenvolvimento Econômico Local: “quando destinos e empresas trabalham juntos, criamos resultados sustentáveis para o presente e o futuro do turismo catarinense”.

A parceria entre FACISC, Sebrae/SC, IDEL e ABIH-SC com o Programa Empreender mostrou que a união e o networking são fundamentais para fortalecer o setor e tornar Santa Catarina ainda mais competitiva e atrativa para visitantes de todo o Brasil.

Maria Conceição Junkes defendeu em sua fala a atuação conjunta entre os agentes de viagem e a cadeia hoteleira e turismo.  “Quando agência e hotel trabalham em sintonia, o hóspede se sente esperado e o impacto positivo é imediato”, destacou Conceição, reforçando a importância da integração entre hotelaria e mercado turístico. Bicca apresentou cases dos hotéis Il Campanário e Jurerê Beach Village, mostrando como pequenos detalhes na recepção podem transformar a primeira impressão em fidelização: desde check-ins animados com música e mascotes, até mimos personalizados nos quartos e climatização adequada para cada estação do ano.

“São gestos simples, mas que encantam. Um sorriso no check-in, o quarto impecável, um mimo com o nome do hóspede. Tudo precisa funcionar em perfeita sincronia para que a experiência seja completa”, ressaltou Bicca, enfatizando que, mesmo na era da tecnologia e da inteligência artificial, o fator humano continua sendo insubstituível. 

Mario Costa Jr., completou que “as pessoas querem atenção, contato humano e acolhimento. A tecnologia agiliza processos, mas o encantamento vem do cuidado pessoal”. Maria Conceição Junkes lembrou que a integração entre agentes de viagens e hotéis é fundamental para gerar memórias inesquecíveis. “O Encatho reforça que a experiência começa antes mesmo da chegada. Quando o hóspede se sente esperado, quando a agência e o hotel trabalham em sintonia, o impacto positivo na viagem e na imagem do destino é imediato”, destacou.

O painel reforçou a tendência de que hospitalidade e turismo caminham juntos, e que os primeiros momentos da viagem definem até 75% da percepção do destino, segundo estudos citados na apresentação.

A Federação dos Conventions & Visitors Bureaux de Santa Catarina promoveu um encontro estratégico com representantes de diversas regiões turísticas do Estado, com o objetivo de unificar demandas e alinhar ações em prol do desenvolvimento do turismo catarinense.

O presidente da entidade, Rafael Mioto, destacou que o momento é de construção coletiva para que todas as regiões falem em um único propósito perante o poder público. “Nosso objetivo é reunir as demandas de cada região, consolidá-las na Federação e apresentá-las ao Governo do Estado, para que as ações sejam desenvolvidas de forma efetiva e beneficiem todos. Quando cada região segue isolada, corremos o risco de não avançar. Unidos, fortalecemos o turismo como um todo”, afirmou Mioto.

Entre as principais pautas discutidas estavam a reativação do Conselho Estadual de Turismo; o fortalecimento do Fundo Estadual de Turismo; as ações conjuntas de divulgação e marketing dos destinos catarinenses; e a melhoria da sinalização turística e estrutura de apoio ao visitante.

Segundo Mioto, 80% das regiões turísticas já estão alinhadas à Federação, e a meta é integrar as últimas áreas ainda não participantes para que o Estado tenha uma representação unificada e forte no diálogo com o Governo. “Já apresentamos nossas demandas ao Conselho de Turismo e agora aguardamos o retorno do Governo para definir os próximos passos. Queremos ser o elo que transforma propostas em ações concretas para fortalecer o turismo catarinense”, completou o presidente.

A iniciativa conta com o apoio de ABIH-SC e demais entidades do trade turístico, reforçando que a integração é o caminho para impulsionar investimentos e resultados para toda a cadeia produtiva do turismo em Santa Catarina.

Painelistas mostram que os processos internos têm relação direta com o encantamento

O processo de encantamento começa dentro de casa, com transparência e muito treinamento. “Muitas vezes acabamos priorizando o treinamento técnico, mas a cultura do encantamento precisa ser passada”, conta Antonio. Além disso, é importante alinhar o discurso e as ações com a comunicação interna, pois os colaboradores e terceirizados devem ser os primeiros a compartilhar as novas ações e campanhas de vendas. “O que nos faz ser diferentes e únicos, gerar a experiência para o hóspede, é treinar toda a operação sobre aquela campanha, para que cada colaborador faça sua parte, na sua área, entregando tudo junto. O time não pode ficar desconectado”, complementa Fabiula. 

Os executivos falaram sobre a arte de contar histórias condizentes com a entrega do empreendimento. Em tempos de Inteligência Artificial (IA) e redes sociais aceita-se tudo, mas, quando essa história é contada pelo comercial, fecha-se a venda e não corresponde à realidade é um problema. Para a moderadora, “a IA ajuda nas vendas, mas o fechamento é dentro de casa. As redes sociais são vitrine, mas o que faz com que o hóspede decida é a reputação do empreendimento”, diz Danisa. Vale mencionar que a reputação está também ligada às notas dos OTAs que também comercializam os empreendimentos, como o Booking e o Expedia, e até mesmo o ranqueamento do Google. “Precisamos olhar como está nossa reputação. É algo imensurável. Quarto, estrutura, todo mundo tem. O que vai fazer o cliente decidir para onde vai é a sua reputação, que vai fazer ele escolher por você”, diz Fabíula.

Essa imagem dos empreendimentos é dada com a coerência entre a comunicação e a entrega ao longo da hospedagem. Antônio comentou que é um desafio diário manter a alma do empreendimento agora que tem quase 600 apartamentos. “Nosso maior diferencial é o campo, a fazenda, a experiência. Temos que envolver as pessoas, mantendo a simplicidade de ser um resort fazenda, do interior”, conta Antonio. 

E para transformar experiências em performance, é importante ouvir o mercado, entender o cliente e olhar para o histórico de vendas. “Tem que cuidar para não inventar muito! O que está funcionando deve ser aprimorado”, diz Antônio. Os indicadores também ajudam a monitorar o engajamento. “No Costão temos um time de qualidade que monitora e responde os clientes no dia a dia. Eles também levam para os responsáveis o que impactou os clientes. Isso é NPS (Net Promoter Score). Também temos o CRM, taxa de abertura de e-mails e batemos papo com a operação para entender o que foi falado no restaurante, por exemplo”, complementa Fabiula. 

Para Danisa o encantamento está diretamente ligado à forma como as histórias são contadas para o cliente e isso exige processo. Para ela, cada colaborador precisa estar atento em sua atividade para explorar a personalização em meio ao desenvolvimento de suas atividades. “Isso se faz com muito treinamento!”, fecha Danisa.   

A especialista apresentou como a biologia aliada ao comportamento humano pode ser determinante para o sucesso na hotelaria, mostrando que lugares só se tornam memoráveis quando geram experiências emocionais. Essa é a essência da neuroarquitetura, que transforma espaços físicos em ambientes capazes de encantar hóspedes e criar vínculos duradouros com uma marca. Mari explicou que as experiências multissensoriais — visão, audição, tato, olfato e paladar — são fundamentais para a fidelização.

Como exemplo, Mari falou sobre o impacto visual dos ambientes harmoniosos e bem organizados; o conforto percebido pelos enxovais; os aromas estratégicos e os sabores memoráveis; e o equilíbrio entre música e silêncio, que elevam a percepção sobre o ambiente. A arquiteta reforçou que memórias sensoriais têm um poder duradouro: um cheiro, um som ou uma sensação podem resgatar lembranças agradáveis mesmo após muitos anos, fortalecendo o vínculo emocional com o hotel.

Segundo Mari Ferrera, investir em neuroarquitetura é sair da guerra de preços e conquistar hóspedes pela experiência, aumentando o valor percebido da hospedagem e consolidando a marca no mercado.

Ainda que as mídias digitais tenham avançado, a mídia tradicional mostra força na promoção do turismo e da hotelaria

O debate destacou o poder de influência e a credibilidade da mídia tradicional na divulgação de destinos e serviços turísticos, além de seu papel estratégico na promoção integrada da hotelaria. Segundo Guido Schvartzman, pesquisas recentes mostram que oito em cada dez catarinenses ouvem rádio, e 20% do público de TV escolhe seus destinos de férias influenciado por programas, reportagens e inserções televisivas. “Esses números demonstram a importância de hotéis e destinos investirem em rádio e TV para fortalecer suas marcas e estimular viagens”, destacou o diretor da ACAERT.

Roberto Bertolin reforçou que os veículos tradicionais possuem enorme capacidade de informar e influenciar decisões de viagem, além de gerar retornos significativos. Ele citou como exemplo a Oktoberfest de Blumenau, onde R$2 milhões investidos em mídia resultaram em mais de R$10 milhões de retorno, evidenciando o impacto positivo da comunicação bem planejada.

Para Ranieri Moacir Bertoli, que já presidiu a ACAERT e hoje integra o Conselho Deliberativo da ABIH-SC, a integração entre hotelaria e mídia tradicional é um caminho para ampliar a visibilidade, fortalecer destinos e potencializar resultados econômicos. O painel evidenciou que, mesmo em um cenário cada vez mais digital, rádio e TV continuam sendo canais estratégicos para atrair hóspedes, fortalecer marcas e promover a hospitalidade catarinense.

Enquadrada no setor de serviços e absolutamente dependente de colaboradores, hoteleiros discutem as estratégias relacionadas aos colaboradores

Para ela, relações públicas, consultora e empreendedora especializada em gestão de pessoas e excelência em atendimento, olhar para si nunca é simples. “Questionar seu negócio  não é fácil”, diz. Mas é algo necessário quando se está gerenciando pessoas. 

Luciano questionou sobre os os ambientes mais humanos para a hotelaria, sendo o contraponto das tecnologias generativas, chatbots e ferramentas de IA. Para Lara, sempre que o aspecto humano é mais valorizado é melhor para a hotelaria. “Ainda somos humanos recebendo humanos. Estamos impactados pela tecnologia, que é ótima, mas ela não resolve tudo. O hóspede faz o check in, chega no quarto e a primeira coisa que ele faz é ligar para o ramal 9, da recepção, porque esqueceu a senha do wifi. Ainda somos humanos atendendo humanos!”, diz. 

Luciano reforça que hotelaria é um serviço feito por pessoas, que é a grande máxima do setor hoteleiro e sua essência. Por isso, as tecnologias estão se humanizando, mas ainda não substituem o toque pessoal.

Lara também falou sobre a NR1, normativa que sofreu atualizações em maio de 2025 e se aplica a hotéis, resorts ou pousadas e estabelece regras para saúde e segurança no trabalho no que se refere ao Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) como obrigação das empresas. “Os empreendimentos hoteleiros precisam se antecipar, prevenir problemas ligados à saúde ocupacional. e isso é mais simples do que se imagina, em conversas presenciais, olho no olho”, orienta Lara.

Durante a conversa, Michel Gonçalves destacou que o crédito, quando bem planejado, é uma ferramenta essencial para o crescimento de hotéis e pousadas. Ele apresentou dados da Cresol, que já atua em 19 estados brasileiros, com 59 cooperativas e mais de 1 milhão de cooperados, oferecendo linhas de financiamento que vão desde capital de giro até investimentos estruturais e tecnológicos.

“Fazer as coisas com dinheiro sobrando é fácil. O desafio é encontrar o parceiro certo para financiar o seu negócio, acreditando na sua capacidade de gerar resultados e abrir caminho para novos investimentos”, afirmou Gonçalves, reforçando que o crédito inteligente pode melhorar a competitividade do empreendimento e ampliar a margem de resultados.

O painel trouxe ainda exemplos práticos de como o relacionamento com cooperativas pode agilizar o acesso a linhas do BNDES e outras modalidades de crédito, inclusive para projetos de inovação tecnológica, eficiência energética e reformas estruturais, tão necessárias no setor hoteleiro.

Adriano Palma, compartilhando sua experiência à frente do Hotel Faial, ressaltou que a preparação financeira e o acesso a linhas de crédito no momento certo foram determinantes para enfrentar desafios como a pandemia e impulsionar o crescimento.

“Manter uma linha de crédito aberta, mesmo quando não se precisa imediatamente, permite tomar decisões estratégicas, comprar melhor e investir em melhorias estruturais e tecnológicas com mais segurança”, destacou Palma.

Com um tom prático e voltado ao empreendedor, o painel reforçou que o crédito deve ser visto como aliado da gestão hoteleira, e não apenas como recurso emergencial, permitindo que os meios de hospedagem invistam em modernização, sustentabilidade e experiências mais qualificadas para seus hóspedes. 

Advogados aproveitaram o encontro com hoteleiros para orientá-los sobre a novidade

Diferente da música, a obra audiovisual tem, necessariamente, a co-participação do autor da ideia, roteirista e  diretor. Os envolvidos têm 70 anos para recebimento de direitos autorais após o lançamento do filme, registrado na Ancine”, explica Huilder Magno. 

Segundo os especialistas, as taxas impactam o negócio dos empreendimentos, pois são cobradas por dia e por aparelho. “Em média, a tarifa chega a R$0,60 por dia, por quarto e conforme a classificação do hotel”, diz o advogado. 

Os advogados também esclareceram pontos da nova Portaria nº 41/2024, que regulamenta a Lei Geral do Turismo, alertando que os hoteleiros precisam se adaptar e a ABIH-SC está à disposição de seus associados para esclarecer sobre ambas questões e orientar seus associados. 

Com mais de 25 anos de experiência na gestão de destinos e políticas públicas, Wendling destacou que o turismo do futuro exige governança integrada, responsabilidade socioambiental e uso de dados e inovação tecnológica para orientar decisões.

“Gestão de destinos não é só vender pacotes ou quartos. É cuidar do território, gerar valor para as comunidades, proteger os recursos naturais e oferecer experiências autênticas”, afirmou Wendling durante a palestra.

Casos como Bonito (MS), que se tornou o primeiro destino de ecoturismo do mundo com certificação carbono neutro, e Morro de São Paulo (BA), citados por Wendling, serviram de inspiração para o trade catarinense. Santa Catarina também se destacou com exemplos de sucesso como Balneário Camboriú, pela modernização da orla, e os destinos da Serra Catarinense, que fortalecem o turismo de natureza.

Segundo Wendling, o mercado turístico cada vez mais segmentado exige modelos de gestão diferenciados e uso de novas plataformas digitais e inteligência artificial, ferramentas que podem apoiar o planejamento e o posicionamento competitivo dos destinos no cenário nacional e internacional.

Encatho adianta oportunidade neste nicho para hoteleiros atraírem mais clientes

Afinal, a medicação demanda um tratamento especial, que passa por uma dieta diferenciada e a prática de exercícios físicos. “A gente precisa conhecer um pouco mais do nosso hóspede e, por ser uma medicação nova e com valor alto, e seus usuários são pessoas com alto poder aquisitivo”, diz Ana Karina, salientando que, com a queda de patentes farmacêuticas, esse tipo de público tende a ser ampliado a partir do próximo ano. 

Ana Karina comentou que esse público pode preferir viagens mais ativas, com academias e atividades ao ar livre, tendendo a comer menos, evitar bebidas alcoólicas e preferir alimentos mais saudáveis. Assim, as academias são espaços que precisam ser ampliados e adaptados para esses clientes. “Podemos oferecer bicicletas, fazer parcerias com agências de viagens especializadas em ecoturismo e com academias locais, disponibilizar treinos personalizados com especialistas, entre outras propostas para ajudar as pessoas a manter essa rotina”, diz.

O delicioso café da manhã dos hotéis também precisa passar por adequações. A recomendação para a dieta de usuários de medicamentos para emagrecer passa pela abundância de frutas, com porções controladas, bastante proteína e hidratação. Ana Karina dá algumas ideias: “Deixar uma chaleira elétrica no quarto para o hóspede fazer um chá no quarto; para prevenir a hipoglicemia, pode ter um iogurte, castanhas, whey, shakes proteicos; lanches menores; minibar reformulado sem ultraprocessados e doces”, orienta ela. Na mesma linha do café da manhã, o restaurante também precisa sofrer adequações. A farmacêutica ainda recomenda a criação de um selo como “GLP-1 Friendly” para alimentos focados neste público. 

 Apesar do custo ainda ser um obstáculo, com os genéricos e o sucesso notável dos tratamentos, as perspectivas desse mercado são grandes. Relatório da GlobalData indicam um potencial de crescimento para o nicho, estimando o mercado da América Latina chegando a US$266.48 milhões até 2029. “A gente vai ter que usar a nossa criatividade para não ter redução de receita com os novos hábitos dos hóspedes”, finaliza Ana Karina.

Evento completou 15 anos no 36o Encatho & Exprotel

Neste ano, o evento reuniu 150 pessoas ao longo do Encatho, que foi o evento que acolheu a iniciativa desde o início. O clima era de comemoração e até mesmo um Bob Esponja marcou presença para fazer as boas vindas do evento. O Simpósio foi composto de algumas palestras e homenagens.

Os temas tratados no encontro foram “Briefing: uma estratégia de comunicação assertiva e eficaz”, com Tatiane Martins; “Como ser líder inspirador e desenvolver talentos na governança”, com Ariadne Silva; “Manutenção corretiva e preventiva e a integração da manutenção e da governança”, com Paulo Corrêa. Depois da palestra ocorreu uma homenagem pelos 15 anos de história do Simpósio e uma sessão de bate papo com algumas profissionais que estão frequentando o evento desde o início, relatando o que mudou na carreira delas desde então. 

Para Aparecida Lissa Dal, governanta há mais de 30 anos e organizadora desta edição do Simpósio, o desafio da categoria continua sendo a qualificação e a integração entre as áreas, para um trabalho sinérgico e cada vez mais coeso. 

Participaram da conversa a especialista em Hotelaria Hospitalar, Natália Dalla, responsável pelos serviços não assistenciais do Grupo Hospital Care em Florianópolis, e o chef Felipe Silva, do restaurante Osli, no LK Design Hotel, referência em gastronomia saudável e funcional.

A mesa-redonda propôs uma reflexão sobre como diferentes espaços acolhem o outro — seja como hóspede, cliente ou paciente — e como esses gestos revelam traços culturais, sociais e de cuidado presentes em nossa sociedade.

Entre os temas debatidos estiveram o projeto Cidade Criativa da Gastronomia da UNESCO, a concessão do Centro de Eventos, o Plano Municipal de Turismo, resultados da Fenaostra, calendário de Natal, Réveillon e Carnaval, além dos investimentos em promoção do destino e o lançamento da nova Marca Floripa. Também foi destacada a participação de Florianópolis na Rede DTI (Destinos Turísticos Inteligentes) e discutidos avanços sobre o projeto da Marina.

O encontro reforçou o compromisso conjunto pelo fortalecimento do turismo na cidade.

Hoteleiros presentes no painel tiveram informações valiosas sobre o uso corporativo do whatsapp para vendas e gestão

Ao entrar em contato com o hotel, os clientes esperam resposta rápida e quase imediata; mas abandonam a compra se não tiverem respostas; e também gostam de entrar em contato com o hotel antes de chegarem ao local. Tudo isso pode ser atendido pelo Whats.

Entre os usos que os especialistas apresentaram aos hoteleiros estão as campanhas ativas via listras de transmissão para quem já hospedou no empreendimento; orçamentos com links de pagamento via cartão de crédito ou pix, recebendo dados de reserva dos hóspedes; venda de receptivos e passeios com desconto; reserva de estacionamento com antecedência; ferramentas de pré-check in e pós-check in, pesquisas de satisfação, entre outras.

Os especialistas informaram que o whatsapp tem uma taxa de resposta de até 90%, bem diferente de outras ferramentas, o que justifica a atenção de sua adesão estratégica. Os painelistas reforçam que as ferramentas devem ser usadas com estratégia, mesclando outras formas de comunicação com o cliente, adotando a linguagem correta. E um recado final: é importantíssimo analisar, comparar e monitorar a taxa de resposta e o que foi efetivo, além de qualificar as listas de transmissão.

Histórias reais e até com perrengues que levam ao engajamento nas redes sociais

O encontro reuniu Lívia Pulchério e Lorena Oliva, criadoras do perfil @hashtagcuritiba, e Osny Maciel, gerente do Hotel Sibara, em uma troca dinâmica sobre a força da influência digital aliada à experiência real de viagem.

“Quando a narrativa conecta com as pessoas, a influência vai além das curtidas: ela transforma curiosidade em viagens reais. Recebemos mensagens de seguidores dizendo que vieram para Santa Catarina por nossas dicas, e isso mostra o quanto a experiência autêntica tem valor”, destacou Lívia Pulchério, que há nove anos compartilha dicas de viagens pelo Brasil e exterior.

“O segredo é olhar para os destinos de forma afetiva, mostrando o que há de único em cada lugar. Santa Catarina tem atrativos incríveis que vão além do óbvio, e é isso que buscamos traduzir para o público”, completou Lorena Oliva, ressaltando que o @hashtagcuritiba, com mais de 170 mil seguidores, vem ajudando a revelar roteiros pouco explorados no Estado.

Durante o painel, Osny Maciel levantou questões sobre como hotéis e destinos podem se preparar para receber influenciadores e transformar essas visitas em resultados concretos para o turismo. A conversa apontou para a importância do alinhamento entre hotelaria, receptivos e produtores de conteúdo para que a divulgação digital se converta em experiência e fidelização.

O perfil @hashtagcuritiba também foi apresentado como case de sucesso em marketing de destinos, com foco em conteúdo autêntico, curadoria cuidadosa e engajamento real, fatores que transformam recomendações online em movimentação turística.

O painel concluiu que a influência digital, aliada ao acolhimento e à experiência de qualidade, é hoje uma das ferramentas mais poderosas para impulsionar destinos turísticos e gerar impactos positivos diretos para a hotelaria e para o trade local.

Sentir é o novo marketing e o hoteleiro estava prestando atenção no Encatho

Ela mostrou vários exemplos de empreendimentos que focam nos sentidos como diferencial, que proporcionam o (re)encontro das pessoas com elas mesmas. Nesse caminho, a hotelaria já possui alguns conceitos que resvalam nessa proposta, como o wellness e o luxo, mas nada se assemelha ao marketing de sentidos, que usa conceitos do neuromarketing para criar conexões.

“A proposta é fazer com que o hóspede tome decisões emocionais e, isso gera faturamento”, diz Renata. Para isso, a especialista ensinou a usar os cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato) e os sete pecados capitais (soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça), em seu lado positivo, que fazem parte da sua metodologia de trabalho. Na hotelaria, a prática envolve criar experiências memoráveis e fortalecer a conexão emocional com os hóspedes, aumentando a satisfação e a fidelização. 

Além das experiências memoráveis, o marketing sensorial permite a diferenciação da concorrência, o fortalecimento da marca e o aumento da satisfação e fidelização da clientela. “A gente precisa buscar o extraordinário o tempo todo. Nem sempre a gente vai conseguir, mas o pouco que conseguir, já vale”, finaliza Renata.

Ao longo da palestra, os participantes receberam um mimo da Realgems, que apoia a atuação de Renata: sachês de escaldapés e um  vale quick massage. 

Retorno financeiro e experiência do hóspede são cruciais para a sustentabilidade do negócio

“Não basta ter quartos modernos e áreas comuns impecáveis. O diferencial competitivo está em usar dados, tecnologia e personalização para criar momentos memoráveis e fortalecer a reputação do hotel e do destino”, afirmou.

A discussão evidenciou que o novo ciclo de valorização da hotelaria nacional exige integração entre investimento físico e experiência digital, conectando reserva online, estadia e pós-estadia em um fluxo contínuo de encantamento. Ferramentas de inteligência artificial, automação e análise de comportamento já são protagonistas desse movimento, permitindo prever demandas, ajustar preços e melhorar a percepção de valor do produto.

Cypriano também trouxe dados sobre o cenário dos empreendimentos hoteleiros de luxo no Brasil: “Atualmente, há cerca de 150 hotéis em construção nesse segmento. O momento é de valorização, mas acredito que haverá um crescimento ainda maior a partir de 2030”, afirmou.

Outro ponto abordado foi a agregação de valor por meio de produtos e serviços, especialmente na alimentação. Para Cypriano, receitas auxiliares em hotéis econômicos têm impacto limitado, mas comida e bebida bem executadas podem fazer diferença no resultado.

“Um hotel econômico ou até mesmo de categoria superior não precisa ter um cardápio sofisticado. O importante é oferecer comida saborosa, bem feita e com produtos frescos e locais. Parcerias com produtores regionais ajudam a reduzir custos e reforçam a identidade do destino”, acrescentou.

Com exemplos de hotéis que migraram de uma gestão operacional para um modelo centrado na experiência, o painel reforçou que a ocupação importa, mas a experiência é o que garante rentabilidade e crescimento sustentável a longo prazo.

Tecnologia e Revenue Management foram destaques na palestra de Dolores Piñeiro 

Durante a apresentação, Dolores destacou que o Revenue Management (RM) é hoje uma das ferramentas mais poderosas da hotelaria moderna. “O RM é uma Ferrari, uma máquina. Mas não adianta ter toda a tecnologia à disposição se não houver clareza de objetivos, dados confiáveis e conhecimento para usar esses recursos”, afirmou a especialista.

A palestrante apresentou cinco estratégias práticas para aumentar vendas e lucratividade, baseadas na análise de comportamento do consumidor e no uso estratégico de tecnologia. Ela explicou que o RM permite prever demanda em tempo real, ajustar preços e disponibilidades de forma dinâmica e transformar oportunidades em reservas.”Uma pessoa no Japão escolhe um destino e, em 40 segundos, o hotel já tem a confirmação. A tecnologia mudou a vida do sistema de reservas”, reforçou.

Além de mostrar que cada hotel já possui dados valiosos para potencializar receitas, Dolores destacou que vender no momento certo e pelo preço certo é o segredo para aumentar a percepção de valor do produto e melhorar o desempenho financeiro sem complicações.

Fundadora da Oficina de Revenue e com mais de 20 anos de experiência em grandes redes hoteleiras, Dolores Piñeiro vem capacitando profissionais em toda a América Latina. Sua metodologia combina inteligência de mercado, tecnologia e visão prática, com foco em ampliar a receita por apartamento disponível.

A palestra encerrou-se com uma mensagem clara para o trade: quem domina dados e tecnologia transforma quartos vazios em lucro.

A diretora nacional da entidade, Lenora Horn Schneider, emocionou-se ao compartilhar a notícia de que o PL 2478/2015 foi aprovado recentemente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

“É uma luta de 50 anos”, destacou Lenora. “O projeto estabelece que o exercício da profissão de turismólogo exige formação em curso de Bacharelado em Turismo reconhecido pelo MEC. Agora, a proposta segue para análise do Senado Federal.”

Segundo a dirigente, embora a ABBTUR tenha mais de 15 mil filiados em nível nacional, a estimativa é de que mais de 300 mil profissionais atuem no setor em todo o país, reforçando a relevância da regulamentação para o reconhecimento da categoria.

O encontro também teve um momento de integração com o especialista Bruno Wendling, que participou da programação do Encatho & Exprotel com a palestra “Gestão de Destinos: Inovação e Responsabilidade”. Com mais de 25 anos de experiência na gestão de destinos e políticas públicas, Wendling destacou que o turismo do futuro exige governança integrada, responsabilidade socioambiental e uso de dados e inovação tecnológica para orientar decisões. 

O especialista se reuniu com Lenora Horn Schneider para trocar ideias sobre o fortalecimento do turismo em Santa Catarina, discutindo oportunidades de integração entre gestão de destinos, capacitação profissional e valorização da categoria dos turismólogos.

Lenora também anunciou que o edital do Congresso Brasileiro de Turismólogos (CBTUR), evento realizado a cada dois anos, já está pronto. A próxima edição será em 2026, com lançamento oficial previsto para os próximos meses.

O encontro reforçou o papel da ABBTUR na valorização dos profissionais do turismo, conectando informações estratégicas, tendências nacionais e integração entre formação, governança e gestão de destinos.

“Participar do evento foi estratégico para a LG. O tema ‘Turismo Conectado, Negócios e Hospitalidade’ descreve exatamente a proposta de valor do Pro:Centric Cloud”, afirma Alexandre Fontes, especialista em produtos da LG.

“Não estamos apenas oferecendo uma TV inteligente; estamos entregando uma infraestrutura de negócios que reduz custos operacionais, possibilita a criação de novas fontes de receita e, fundamentalmente, libera a equipe do hotel para focar no que mais importa: a hospitalidade com toque humano. O ‘Espaço LG’ foi pensado para ser um ambiente de consultoria, onde podemos demonstrar na prática como essa transformação acontece.”, afirmou

“Foram três dias de muito networking. O Encatho foi uma boa surpresa para nós. Em cerca de 12 sessões de apresentação, com duração média de 40 minutos, tivemos um público altamente direcionado, que é o nosso foco de potenciais clientes”, destacou.

O Espaço LG atraiu donos de pousadas, gestores hoteleiros e empresas de tecnologia, interessados em conhecer soluções como a Pro:Centric, que transforma a TV do quarto em uma vitrine de informações e oportunidades de monetização.

“Parece uma TV, mas é muito mais que uma TV. Ela permite gerar receita, agregar valor e oferecer informação para o hóspede de forma interativa. É uma ferramenta de trabalho que amplia a experiência e o potencial de retorno para o hotel”, explicou Fontes.

Além do Pro:Centric, a LG apresentou um portfólio de soluções tecnológicas que atendem desde a entrada do hotel até o quarto, incluindo Pro:Centric Smart, Direct e Stay, que permitem personalização de serviços, espelhamento de conteúdos e gerenciamento remoto em nuvem. Durante o evento, a equipe realizou diversos agendamentos de visitas com clientes interessados em levar a tecnologia para suas propriedades.

Entre os temas abordados estiveram o projeto Cidade Criativa da Gastronomia da UNESCO, a concessão do Centro de Eventos, o Plano de Turismo, além dos resultados da Fenaostra e o planejamento para Natal, Réveillon e Carnaval. 

Também foram apresentados os investimentos em promoção e marketing do destino, o lançamento da Marca Floripa e a participação da capital catarinense no lançamento da Rede DTI durante o Salão Nacional de Turismo. Outros assuntos estratégicos, como o projeto da Marina e novas iniciativas para impulsionar o setor, também estiveram na pauta.

A reunião reforçou o compromisso da secretaria em manter o diálogo com o trade e desenvolver ações que fortaleçam o turismo e a economia local.

Ao longo dos três dias de programação, o Encatho & Exprotel registrou 4.612 participantes, vindos de 15 estados brasileiros e quatro países, confirmando o evento como plataforma de conexões e negócios para o setor hoteleiro e turístico.

A edição 2025 destacou-se pelo equilíbrio entre conteúdo técnico e oportunidades comerciais, com palestras, painéis e exposições que abordaram desde tecnologia, experiência do hóspede e revenue management até sustentabilidade, neuroarquitetura e gestão de destinos. A Exprotel, feira de produtos e serviços para hotelaria, também movimentou negócios e aproximou fornecedores e compradores em busca de soluções inovadoras. Foram mais de 200 marcas presentes, distribuídas em cerca de 90 estandes. 

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